quinta-feira, 8 de setembro de 2011


De: Silvio Tendler,
Para Diogo:
Peguei a matéria que vcs fizeram e coloquei a boca no trombone.
Um deputado pediu explicações ao MinC e o Roberto Farias além de diversos 

cineastas responderam. 
Segue abaixo troca de emails.

Abraços
Silvio
---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Roberto Farias <rf.farias@uol.com.br>
Data: 13 de agosto de 2011 17:48
Assunto: RES: Entrevista à Revista Cineclube Brasil e FSA.
Para: abraci-rj@googlegroups.com

Caros Dodo e Silvio.
Silvio não está sozinho.
Dei entrada em dois projetos. Um foi selecionado para “pitching”, O outro levou 
bomba de um desconhecido.  Nesta altura da minha vida, terei de respirar fundo e 
representar um número para a comissão que irá me julgar. Minha história no cinema 
é pública. A do senhor que detonou exatamente o roteiro cuja produção estava mais 
adiantada, não conheço, não sei quem é. Gostaria de saber o que lhe dá autoridade 
para dizer o que disse do roteiro e de mim. Ele põe em dúvida minha capacidade 
profissional, porque estou há quase 30 anos sem filmar, esquecendo que sempre fiz 
filmes com recursos privados e parei porque o mercado se transformou em terra 
arrasada. Fui para a TV, onde procurei fazer o mais próximo do cinema que pude, 
em minisséries como “A Máfia no Brasil”, “Noivas de Copacabana” “Maria Moura” 
e “Decadência” e onde sou responsável por várias quebras de recordes de 
audiência. O que para ele não conta, porque o filme  
“corre o perigo de uma linguagem de televisão” 

Abaixo, reproduzo algumas de suas observações, só para ilustrar.
  
Considerações do Parecerista 01:
“Uma divertida comédia baseada em um fato inusitado , o nascimento 
de asas de anjo no protagonista do filme fato que vira a vida do 
sujeito de cabeça para baixo, bem adequada ao gosto popular.”

Considerações do Parecerista 02:
Abrangência do tema, Nota 3
comunicabilidade e adequação da proposta ao público. 15%


3
 “Esse é o gênero de filme que necessita de muitas piadas para que 
funcione, precisa que a cada cena se crie situações para que a piada 
ocorra, pelo roteiro apresentado, ainda está um pouco longe disso, 
as piadas são escassas e não parecem funcionar bem.
O filme opta por utilizar a linguagem clássica do cinema, mas ao mesmo 
tempo, é muito baseado em diálogos e na atuação do elenco, o que 
acaba aproximando o filme da linguagem da TV, o que pode ser 
um risco.O projeto corre um certo riso, na proposta ao publico quer 
atingir até os pré-adolescentes de 12 anos, mas a trama tem muita 
força na parte sexual, apesar de que não é mostrada as cenas em si, o 
filme pode não ser censura livre.”

Observem que o parecerista que gosta do projeto não é o 
que dá a nota.

Considerações do Parecerista 01:
“Bem original a obra é bem abordada, com um final adequado e 
natural pelo desenrolar da história.”
Considerações do Parecerista 02: 

“O projeto não tem uma relevância prévia, pode adquirir uma relevância 
caso venha a fazer grande sucesso no cinema e atinja o grande publico e 
supere a casa de 1 milhão de espectadores, já que o filme está sendo tratado 
como uma super produção com lançamento de muitas cópias no cinema.O 
filme não é original no seu tema, mas esse subgênero rendeu muitas filmes 
de sucesso no cinema mundial e no Brasil também.” 

1.3 Estrutura dramática e construção dos personagens.
Nota:
(20%)
2
Análise do subquesito 1.3: 

Os personagens não contam com grande densidade dramática, revelando-se 
muitas vezes superficiais em suas escolhas e motivações.A trama que 
envolve o possível relacionamento amoroso do protagonista com a 
personagem Ana não está bem contextualizado, carecendo de melhor 
desenvolvimento. Ademais, ao final da história, a personagem Ana 
desaparece, sem que se saiba exatamente o 
que aconteceu com ela.A cena em 
que as asas de David são reveladas em seu trabalho não traz, estranhamente, 
qualquer impacto na história. David limita-se a pedir uma licença do trabalho.
O motivo que levou David e principalmente Ana a ganharem asas não fica 
claro. As razões que levam a personagem D. Carmem a entrar na trama não 
ficam explícitas.Os recursos visuais necessários para o desenvolvimento da 
trama podem se revelar um óbice para o desempenho comercial do filme.

Considerações do Parecerista 01:
Personagens são bem construídos e caracterizados dentro da 
proposta do filme, com uma estrutura dramática bem desenhada.”

1.2 Relevância, originalidade e abordagem do tema.
Nota:
(5%)
3
Análise do subquesito 1.2: 

Dentro de uma proposta tida como comédia-romântica, o projeto apresenta 
certa originalidade, contando com uma abordagem simples e direta das 
aventuras do protagonista. A linguagem sugerida está em consonância 
com o público esperado.Utiliza alguns recursos banais na procura do riso fácil.

Quesito 2 - QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DO DIRETOR E DO ROTEIRISTA (15%) 2.1 

Experiência e desempenho pregresso do diretor.
Nota:
(10%)
4
Análise do subquesito 2.1: 

O diretor Roberto Farias tem considerável experiência na direção de obras 
audiovisuais em TV e em cinema, tendo dirigido, entre outros:
01. Pra Frente Brasil (1982). Longa-metragem, drama e ficção. 
Foi premiado como melhor filme Gramado (1982), tendo sido indicado ao 
Urso de Ouro e ganho o OCIC Award - Special Recommendation;

02. O Assalto ao Trem Pagador (1962). Longa-metragem, policial. 
Premiado como melhor filme no Festival de Lisboa (1963), representou o 
Brasil no Festival de Veneza (1962);

03. Cidade Ameaçada (1960). Policial.

04. Rico Ri a Toa (1957). Comédia musical.

Sua última realização no cinema como diretor foi o filme Os Trapalhões 
no Auto da Compadecida (1987). 

Considerações do Parecerista 01: 

“O diretor tem um currículo rico com várias obras premiadas 
dentre outras o de melhor filme no tradicional festival de Veneza.” 

Considerações do Parecerista 02: 

“O diretor tem uma vasta carreira no cinema e na televisão, 
porém não dirige um longa metragem para cinema há quase 30 anos.
Seus filmes sempre tiveram sucesso de público, quase sempre atingindo 
a casa de mais de 1 milhão de espectadores, mas o contexto era diferente, 
ia-se muito mais aos cinemas do que se vai hoje.”

Observem a última frase, onde ele põe em dúvida minha 
capacidade de fazer um filme que atinja a quantidade de 
público que meus filmes atingiram no passado. Ele fala 
em 1 milhão, quando raramente um filme meu fez essa 
marca. Praticamente todos fizeram muito mais que isso, 
atingindo 4 milhões numa época em que a fiscalização 
era precária e muitas vezes tínhamos que mandar a 
polícia atrás até mesmo dos fiscais que contratávamos. 
O parecerista acha que antigamente fazer sucesso era 
mais fácil...

 Só rindo de observações como
 Esse é o gênero de filme que necessita de muitas piadas para 
que funcione” e “Utiliza alguns recursos banais na procura 
do riso fácil. “

Não quero me alongar, nem estou chorando. Faço 
coro com que acha que alguma coisa este errada 
no reino do cinema brasileiro.

Acho que já aluguei vocês demais.
Abraços
Roberto Farias

De: abraci-rj@googlegroups.com [mailto:abraci-rj@googlegroups.com] Em nome de dodo
Enviada em: sábado, 13 de agosto de 2011 11:20
Assunto: Re: Entrevista à Revista Cineclube Brasil e FSA.

 Silvio, sua história é igual a de tantos outros cineastas que ouvimos 
diariamente. E digo de cineastas com envergadura, experiência, estrada 
como você. Isso é um absurdo! E serve para nossa reunião (Abraci) com 
a Vera Zaverusca. Queremos levar "cases" como o seu para ela ver o que se 
passa lá dentro. E ela quer que nós levemos. Ou seja: começou a ter gente de 
cinema lá na agência. Gente que gosta do CB e respeita os cineastas 
(principalmente os veteranos como você). Se nossa ministra tiver esse olhar 
(e acredito que tenha), teremos em breve mais gente de cinema ocupando mais 
uma diretoria da agência.Mas de qualquer forma, Silvio, o Tendler, continue 
respondendo a tudo e a todos com seus filmes. 
Saudações,
Dodô

PS: como a Rose já relatou na nossa lista, estamos agendando uma reunião 
com a Vera Zaverusca que, como deve ser feito, nos procurou para ouvir 
nossas demandas e de outras associações (coisa de quem entende do assunto) 
e para levarmos casos como o do Silvio, o Tendler para que possa tomar pé 
do que acontece na agência e nos auxiliar que é para o que serve a mesma . 
Encaminhem, pois, seus percalços para darmos subsídios a nossa nova diretora. 

Obrigado, 
Dodô.

----- Original Message -----
Cc: caliban
Sent: Saturday, August 13, 2011 10:51 AM
Subject: Entrevista à Revista Cineclube Brasil e FSA.

Prezados,

Reproduzo minha entrevista publicada na Revista CineclubeBrasil feita no 

Cineclube Fusão com a presença das companheiras do Cineclube Mulher e 
diversos outros militantes do movimento cineclubista, gente que gosta e 
entende de vida e de cinema.  Conduzida e editada pelo   jornalista e 
escritor Oswaldo Faustino,

A entrevista  é um pouco antiga  porque foi concedida há alguns meses mas 

poderia ter sido  feita ontem, mudando o nome dos filmes, trocando o 
"Poema Sujo" por "Alma Imoral". o preconceito é o mesmo: Voltei a tomar 
pau no concurso do Fundo Setorial, FSA, desta vez com a proposta de 
adaptar o livro "Alma Imoral" do Rabino Nilton Bonder para o cinema.
Esclareço que tenho plena consciência de, quando entramos num concurso, 

é para vencer ou perder. Perder durante a partida é honroso, no "tapetão" é 
abjeto, nojento.

A acusação é a mesma ladainha de sempre: não sabe fazer roteiro, bilheterias 

pífias. Agora foram um pouco mais longe e questionaram minha capacidade de 
azer orçamento. Os caras questionam, por exemplo que disse que filmar em 
Dubai é mais barato que filmar em Caracas. Não tiveram sequer o cuidado de 
consultar um site de viagens quando veriam que as diárias de hotel em Dubai 
estão cotadas em R$70,00, enquanto em Caracas estão na faixa dos R$300,00.

Me acusam de pretender filmar em oito cidades em sete dias!!! de onde tiraram 

isso, não sei, do projeto que apresentei não foi. Itens como esse me tiraram 
preciosos pontos que derrubaram meu filme do concurso.

O analista da Ancine esqueceu que o projeto foi apresentado e aprovado 

na própria Ancine onde foi examinado com lupa em seus mínimos detalhes.

Para me excluir do FSA Inventou, no quesito análise de riscos de 

investimento uma "regra"  que me roubou preciosos pontos definindo como 
risco o fato de ainda não ter captado menos da metade do orçamento do filme. 
O analista deveria saber que existe  dentro das normas do FSA um mecanismo 
que só libera os recursos alocados quando o projeto já captou 80%o do valor 
do filme. Ora, o que garante ao analista da Ancine a certeza de  quais filmes 
aprovados efetivamente conseguirão integralizar os recursos? O analista 
apresenta uma "regra" e uma aritmética por ele inventada que não faz parte 
de nenhum regulamento.

Os pareceristas externos da Ancine que conhecem perfeitamente cinema 

atestam minha capacidade de realizar o filme, da minha produtora,  
produzir e da adaptação do livro poder resultar num bom filme.

 Aliás, quem são esses analistas, tem nome e sobrenome, tem que 

apresentar currículo comprovando pleno conhecimento da matéria como 
nós somos obrigados a fazer ou são profissionais de concurso para quem 
tanto faz trabalhar na Ancine, Petrobras ou banco central desde que 
garanta um emprego estável e um bom salário?

 Quem toma a decisão final, o analista sòzinho, a diretoria do FSA? Quero 

saber tintim por tintim. Se, por um lado,  a iniciativa de publicar os pareceres 
é transparente e extremamente louvável, a decisão final que determina a 
seleção ainda é bastante turva, nebulosa. Quero saber o nome dos analistas 
e gestores que participaram da exclusão do meu filme? Fazem publicamente, 
de cabeça erguida ou envergonhados, protegidos pelo anonimato?  Como 
cidadão, tenho esse direito.

Enquanto vão tentando me impedir de filmar, numa estratégia assassina  que 

tenta  matar o artista, terminei o longa "Tancredo, A Travessia", o média 
"Veneno Está Na Mesa", que está bombando na internet, (está no 
you tube onde em menos de duas semanas já teve mais de 30,000, trinta mil 
acessos, isso mesmo!!!), também fiz por minha conta e risco o curta
"Matzeiva Julianoo Mer-Khamis" (também no you tube),  e agora, 
contratado pelo movimento popular, estou filmando "A Marcha das M
argaridas"sobre mulheres da terra e farei um outro sobre agroecologia. 
Todos realizados sem recursos incentivados. Por minha conta preparo 
uma homenagem ao centenário General Giap que completa um século dia 25 
de agosto e entrevistei em 2003 com 94 anos. Ou seja, não adiante tentarem 
me impedir de filmar, porque responderei com filmes.

Abraços
Silvio

Esta entrevista publicada originalmente na revista Cineclube Brasil, nº 4, 2011. 
http://www.cineclubebrasil.com.br.

12 de Agosto de 2011 - 22h00

Silvio Tendler, um cineasta contra a maré

 Por Oswaldo Faustino*
 reprodução
Sílvio Tendler. Ao fundo, grafite da vídeo instalação do Poema Sujo no Espaço Oi, Rio de Janeiro.
Acusado por analistas do Fundo Setorial Audiovisual, do Ministério da Cultura (MinC), de não saber fazer roteiro e de que seus filmes têm bilheterias pífias, o cineasta chuta o balde e mostra que, além de conquistar as maiores plateias do mercado brasileiro de documentários – O mundo Mágico dos Trapalhões (1 milhão e 800 mil espectadores), Jango (1 milhão) e Anos JK (800 mil) –, seu Utopia e Barbárie é um dos filmes mais vistos em exibições alternativas.

Aos 60 anos, o cineasta Sílvio Tendler se revela ainda apaixonado por cinema e literatura e está muito distante da descrença e do tédio de um grande número de jovens esquerdistas de sua geração. Alerta-nos quanto à efemeridade de alguns atos e palavras de pessoas que merecem admiração e sugere que direcionemos nosso olhar para as grandes realizações artístico-culturais de alguns personagens, cujo posicionamento político possa nos desagradar.
Conta -nos a história de sua vida de documentarista, destaca também a importância do cineclubismo em sua formação profissional e aponta as utopias e a barbáries no mundo do cinema, em nosso país.

Entre curtas, médias e longas-metragens, já dirigiu cerca de 40 filmes, sempre com uma visão humanista e reflexiva. Fundou, em 1981, a Caliban Produções Cinematograficas, que produz biografias históricas de cunho social. Os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento são sua principal preocupação.


Tendler foi presidente da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira de Cineastas. É um dos criadores da Fundação Novo Cinema Latino-Americano e do Comitê de Cineastas da América Latina. Dirigiu a Fundação Rio Arte e o Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho. Foi diretor da TV Brasília e secretário de Cultura e Esporte, no governo Cristóvão Buarque, no Distrito Federal. Atuou na Unesco, na Coordenação de Audiovisual para o Brasil e o Mercosul, da qual atualmente é consultor. Leciona no Departameto de Comunicação Social da PUC-RJ.

“O Sr. Documentário”, como o chamou um crítico de um grande jornal, anda às voltas com seu principal projeto atual: produzir um filme documentário sobre o Poema Sujo, de Ferreira Gullar. Enquanto não vence os incontáveis obstáculos para realizá-lo, montou uma videoinstalação, no Rio de Janeiro, com artistas renomados lendo os versos do poeta, que, um dia, declarou: “Como a vida é inventada, eu inventei o meu nome”. Com a palavra, Sílvio Tendler.


Cineclube Brasil:
Há quem diga que você é um cineasta que passou a vida inteira fazendo um filme só. É verdade?

Silvio Tendler: Não sei se pode-se dizer: “de um filme só”... mas acredito que todos os meus filmes dialogam entre si. Tenho muito essa preocupação de imprimir Brasil nas telas. Discutir Brasil. Modestamente, eu acho que hoje tenho uma das melhores “brasilianas”.

Cineclube Brasil: Como surgiu o título “Cineasta dos sonhos interrompidos”?

Sílvio Tender: O Arnaldo Carrilho, que hoje é embaixador do Brasil na Coreia do Norte, velho cinéfilo e nosso amigo, quando eu lan cei Glauber e depois Milton Santos, me definiu como o “Cineasta dos sonhos interrompidos”. Ele demonstrou que todos os meus personagens, de uma maneira ou outra, por alguma razão, interromperam a obra que estavam fazendo.

Cineclube Brasil: Quais são suas grandes paixões e influências no cinema?


Sílvio Tender: Minhas grandes paixões começam na ficção, com Godard. Na verdade, pela grande tríade revolucionária do cinema, nos anos 60 e início dos 70: Godard, Pasolini e Glauber. São os três caras que sacolejam o cinema, em termos de linguagem, de temática, de propor ousadias. Depois, aqui no cinema brasileiro, é muito Joaquim Pedro de Andrade. Ele tem uns filmes, na minha cabeça, os mais seminais do cinema brasileiro. Vou de cara em Os Inconfidentes, em que ele conta a história da Inconfidência Mineira, em pleno governo Médici. Fala de Tiradentes, mas também es tá falando daqueles anos 70, com a barbárie do governo Médici, mostrando que o “porra louca” de hoje é o herói de amanhã.

Cineclube Brasil: E, como documentarista, quais são as suas influências?

Sílvio Tendler, antes da exibição de seu filme Josué de Castro, Cidadão do Mundo.

Sílvio Tender: Eu começo, no Brasil, com Vladimir Carvalho, o primeiro cara do cinema documentário com que tive contato direto, em 1969, quando ele estava fazendo O País de São Saruê. Depois o Geraldo Sarno, de quem até tenho uma história engraçada. Naquela época, eu era presidente da Federação de Cineclubes do Rio de Janeiro. Geraldo me entregou uma cópia “zerinho” de Viramundo, pra gente distribuir o filme. Assim faria finanças pra ele e renda pra nós. Seis meses depois entregamos a ele a cópia em frangalhos, sem devolver um tostão. Depois veio o Sérgio Muniz. Aí eu vou para os internacionais. Saí do Brasil, Joris Yves foi o primeiro cara que me acolheu. Depois conheço Santiago Alvarez, que me trata com muito carinho, e Patrício Guzmán. E Jean Rouch me deu a documentação de que eu precisava para tirar meu certificado de residência na França. Um pouco mais tarde, o Richard Leacock, que também é um papa do cinema verdade americano, o cinema direto, que foi da equipe do Robert Drew.

Veja a entrevista na integra: www.cineclubebrasil.com.br


Nenhum comentário: