Carta de Curitiba
Documento que norteou as atividades dos cineclubes nas décadas de 1970 a 1989 e que ainda exerce grande influência nos cineclubes atuais.
1. O cineclubismo se situa no plano geral do cinema nacional como elemento de divulgação e de formação de público. Atuando com preocupação cultural, o cineclube supera os limites comerciais do exibidor cinematográfico e participa do trabalho de desenvolvimento do projeto cultural brasileiro. Reconhecendo esse fato básico, a VIII Jornada Nacional de Cineclubes considera como dever principal do cineclubismo brasileiro o aperfeiçoamento de formas de divulgação do cinema nacional e adota para isso uma clara e definida posição em defesa do nosso cinema.
3. Os esforços
de elaboração de formas de trabalho devem partir de uma avaliação tão realista
quanto possível da realidade nacional em geral e do cinema brasileiro em
particular. O caminho que nos levará a essa avaliação está na ampliação e
consolidação do movimento de cineclubes, na contínua e ampla troca de informações,
no constante intercambio entre os cineclubes e entre estes e outros da
cinematografia. A ampliação do conhecimento mútuo das experiências particulares
conduzirá necessariamente a um aparelhamento melhor e mais efetivo de todas as
estruturas do cinema nacional.
4. Os
participantes da VIII Jornada Nacional de Cineclubes, cientes da importância de
seu trabalho decisivamente criativo no âmbito da cinematografia e decididos a
contribuir para o processo de afirmação de cultura brasileira, exortam todos os
cineclubes a participar ativamente da defesa do cinema nacional, através da
aplicação das recomendações formuladas neste encontro e que passam a integrar
esta Carta de Princípios.
5. Em
homenagem ao povo do Paraná e à s instituições de sua capital que
acolheram a VIII Jornada Nacional de Cineclubes decidem os participantes do
encontro para esta definição de princípios em torno do cinema nacional a
denominação de "Carta de Curitiba".
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