Caros amigos,
Tenho acompanhado a discussão sobre o 2º turno da eleições e acho fundamental que ela aconteça também nesta lista, novocineclubismo.
Já é quase famosa a minha postura de moderador da lista, “só sei incluir”, sequer anexar documento consigo, mas de “Tiranossauro” já fui taxado.
Mas, como dizia Plínio Marcos, sempre tem um, porém. Quando incluo um novo associado, uso sempre o ctrl C e o ctrl V: “Seja vem vindo, esperamos suas melhores ideias, para que as nossas piores não sobrevivam”. Se coubesse tradução seria: bem vindo ao exercício da tolerância.
No Centro Cineclubista, que há oito anos se mantém ativo, uma unanimidade é certa: “o que nos une é o respeito que devotamos as nossas diferenças”, por isso, acho, estamos sempre agregando novos amigos. Serei injusto se não registrar outra unanimidade: “sobrevivemos com nossos próprios recursos”. Não estamos sujeitos a nenhum P, a nenhum gov. somos um movimento sócio cultural, fazemos a nossa agenda com independência e autonomia.
Sei o nome do vereador (Antônio Resk) e deputado estadual (Alberto Goldman), que mereceram meu primeiro voto e conheço razoavelmente suas histórias. Eles mudaram, eu também.
Quando votei pela primeira vez para presidente da república, eu já tinha ultrapassado a casa dos 40 anos. De lá para cá meu voto compulsório tem sido exercido de maneira estratégica, na expectativa de um dia poder optar pelo ato do voto.
Tenho a sensação que o fato em si, se não for acrescido de uma boa base ficcional, não é histórico. O projeto de governo encabeçado por Dilma, com certeza não é o pior. Em que lugar da história vamos colocá-los?
Respeito profundamente o eleitor adversário e a ele ofereço, democraticamente três opções de voto. Pela ordem alfabética: Dilma, Nulo e Serra.
Ofereçam-me a melhor opção e o meu voto será consagrado a uma das opções acima.
Diogo
TIRIRICA, EXCEÇÃO A REGRA
SOBRE A QUESTÃO TIRIRICA
TIRIRICA, EXCEÇÃO A REGRA
Prezado Pedro, a respeito de tua mensagem (na lista do 3setor): “A Vitória de Tiririca”, gostaria de oferecer minhas parcas ideias, para que as tuas melhores sobrevivam, Concordo com você (e com todas as opiniões que tenho ouvido e que vão de políticos, analistas de pesquisas - presidentes ou donos de Institutos de Pesquisa -, sociólogos, jornalistas, amigos e etc. etc. etc.), pelas conseqüências, já pelas causas...
Não votei no Tiririca, se votasse, seria consciente, assim como não votei e não votaria ou não votarei no segundo Deputado Federal mais votado do Estado de São Paulo, porque, ao contrário do Tiririca, aquele contribuirá para manter o mesmo elitismo político que você fala e todas as demais mazelas da nossa política. Eles são iguais. Tomaram o Estado Brasileiro, a República e desde o seu nascedouro, os fizeram para si. Eles são herdeiros disso.
Tiririca não é um deles, está fora da compreensão da elite, da pseudo inteligência, deste congresso que está aí, as exceções existem! Tiririca faz parte de um Brasil profundo, que a elite necessita usar para fazer os serviços, que ela não se sente digna de fazer e lhes mantém na ignorância. Ou alguém vai dizer que a "culpa" da educação, transporte, cultura, meio ambiente e... está assim é culpa dos Tiriricas da vida? O que salva os Titiricas da vida é a arte, manifestação imana do homem, que como diz Adorno, “liberta a mentira de ser verdadeira” e a todos nos iguala.
Tiririca não faz parte desta elite, ele é um sobrevivente, excluído, que seus pares o escolheram para representá-los. Torço e até gostaria de ajudá-lo para não ser “domesticado”, como tentarão fazê-lo. Afinal, este é ou não é um país todos?
Chegará o momento em que a própria Dilma falará no feminino, oxalá que o feminino sobreviva no seu governo, que os índios, os ciganos, os brancos, os negros, os "Tiririca" e os "Chalitas" da vida, com-vivam num mesmo território e que este país, seja realmente, um território de todos.
Diogo Gomes dos Santos
SOBRE A QUESTÃO TIRIRICA
Meu caro Pedro e demais colegas que tão brilhantemente vem sustentando este debate, sobre a questão Tiririca, com pontos de vistas tão inteligentes.
Quero tocar numa outra questão, também de primeira ora, levantada no seio deste debate: O comportamento eleitoral do Estado de São Paulo, que volta e meia nos oferece “pérolas eleitorais” como estas e outras tantas.
Se você pára e mira um pouco mais, para dentro, pro interior do comportamento paulistano e/ou paulista, você se surpreende com os “Cacarecos”, “Rinocerontes”, “Biro-Biro” e assim vai. A mim, por exemplo, surpreende o fato, do paulistano querer ser, sempre, cosmopolita, mas na primeira oportunidade, o “Cornélio Pires” – leia-se caipira -, desabrocha na forma mais pura, simples, para não dizer simplória e alegre. (Ainda hoje, o velho Mazza, o Mazzaropi, leva mais gente aos cinemas do que muita gente de hoje).
Num outro ponto da política, no campo da “esquerda”, a São Paulo também nos surpreende, quando elege uma Luíza Erundina e uma Marta Suplicy, prefeitas da cidade. Duas mulheres que te oferece campos diversos para concordar e/ou discordar, mas são, acima de tudo, identidades femininas. Que “macho” - estou falando do adjetivo masculino, de qualidade inclusive -, no campo da esquerda, administrou esta cidade?
Oxalá, no governo Dilma o feminino sobreviva!
Diogo
Quero tocar numa outra questão, também de primeira ora, levantada no seio deste debate: O comportamento eleitoral do Estado de São Paulo, que volta e meia nos oferece “pérolas eleitorais” como estas e outras tantas.
Se você pára e mira um pouco mais, para dentro, pro interior do comportamento paulistano e/ou paulista, você se surpreende com os “Cacarecos”, “Rinocerontes”, “Biro-Biro” e assim vai. A mim, por exemplo, surpreende o fato, do paulistano querer ser, sempre, cosmopolita, mas na primeira oportunidade, o “Cornélio Pires” – leia-se caipira -, desabrocha na forma mais pura, simples, para não dizer simplória e alegre. (Ainda hoje, o velho Mazza, o Mazzaropi, leva mais gente aos cinemas do que muita gente de hoje).
Num outro ponto da política, no campo da “esquerda”, a São Paulo também nos surpreende, quando elege uma Luíza Erundina e uma Marta Suplicy, prefeitas da cidade. Duas mulheres que te oferece campos diversos para concordar e/ou discordar, mas são, acima de tudo, identidades femininas. Que “macho” - estou falando do adjetivo masculino, de qualidade inclusive -, no campo da esquerda, administrou esta cidade?
Oxalá, no governo Dilma o feminino sobreviva!
Diogo
Nenhum comentário:
Postar um comentário